sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Beagles e Coelinhos

Depois do incidente com os beagles do Instituto Royal e da avalanche de imagens no facebook satirizando os manisfestadores que só resgataram os cãezinhos bonitinhos e os ratinhos não, que também são bonitinhos na minha opinião, como não falar desse assunto né?

Comecei a pesquisar o assunto e encontrei esse post do East to West Skincare falando (e muito!) sobre as pesquisas que utilizam testes em animais. Ele é bem longo e super recomendo a leitura, mas pra quem tá com preguiça eu vou dar uma resumida.

Bom, pra começar é impossível você pensar em escala industrial e não pensar em testes de segurança porque se com eles muita coisa ainda já dá errado, imagine sem. Agora imagine a complexidade biológica de um ser vivo e tente achar uma maneira de reproduzir isso.

Não podemos deixar de falar também que o conhecimento é algo que depois de obtido não tem como ser devolvido, ele não pode ser esquecido e o que eu quero dizer com isso é que desde que o mundo é mundo e o ser humano começa a experimentar esses conhecimentos vão se acumulando em maior ou menor escala.
Isso acontece em todos os setores e com todas as substâncias e infelizmente as coisas tem que ser testadas para descobrirmos se são boas ou ruins.

Por isso mesmo as marcas consideradas cruelty free se utilizaram de maneira indireta de testes realizados em animais, mesmo se isso tenha ocorrido há muito tempo. Eu sei que eu já postei coisas sobre produtos verdes e cruelty free e eu acho tudo isso super bacana, mas eu continuo bem cética com esse assunto porque o que um selo na embalagem realmente me garante? Dá paz na consciência ao comprar o produto? Quem me garante que não há um segmento terceirizado na empresa que faz o que quiser independente da política da marca que vai aparecer no produto final?

São coisas a se pensar um pouco antes de sair por aí quebrando laboratórios e fazendo inimigos gratuitamente. Eu sou super a favor de deixar os animaizinhos felizes e longe dos laboratórios mas que não estamos prontos pra isso ainda, é fato.

Outro ponto importante é lembrar que esses pesquisadores não são pessoas malígnas e sádicas que querem torturar bichinhos inocentes, são pessoas que devem ter um estômago muito mais forte que o meu e que estão no caminho de alguma descoberta pra um bem maior, seja na descoberta de novas substâncias, cura de doenças e melhoria de coisas já existentes.



Voltando pro incidente com o Instituto Royal, eu não sei se eles maltrataram ou se deixavam de maltratar os cães, mas simplesmente entrar lá e querer fazer justiça com as próprias mãos foi no mínimo precipitado. Sair pegando cães que você não sabe em que situação de testes/saúde estão e arriscar a si mesmo foi precipitado, ainda por cima comprometendo pesquisas longas e caras que são frutos muitas vezes de uma vida inteira que alguém estava dedicando.

Reforço mais uma vez para que vocês leiam o blog que eu postei logo no começo, é muito instrutivo e vai te fazer entender um pouco mais dessa situação super delicada que precisa ser discutida em níveis um pouco elevados do que simplesmente estar no time de quem gosta de animais e de quem não gosta.

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